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segunda-feira, 29 de julho de 2019

TAJ MAHAL - MONUMENTO AO AMOR


                Para subir ao trono, o mongol  Xá Djahan teve enormes dificuldades; teve de eliminar todos seus parentes e exilar a mãe que se opunham aos seus objetivos. Foi o quinto rei da dinastia mongol, e reinou de 1628 a 1658.
               Logo que chegou ao poder tratou imediatamente de construir este maravilhoso templo para sua adorada esposa Aryumand Banu Begam, a quem deu o nome honorífico de Mumtaz-i-Mahal, Joia do Palácio.  
                Este paraíso, feito especialmente para sua esposa favorita, está perto de Agra, nas margens do Djamna. Caminhos cobertos de placas de mármore cruzavam o oásis, decorado com árvores e plantas exóticas. "Nada deveria ferir os pesinhos descalços da meiga princesa, quando ela passeava por aqui", diz uma antiga narrativa de viagens. 
                   O Grande Mongol tinha uma vincada preferência pelo suntuoso. Não mandou apenas construir edifícios preciosos em Agra, mandou também decorar a sua capital, Delhi, com mesquitas e palácios belíssimos. Uma inscrição na sala de audiências da sua grande cidadela imperial em Delhi, na qual teria estado o lendário trono dos pavões reais, reza soberbamente em língua persa: "Se há um paraíso na terra, é este, é este, é este!"
                 Conta-se que uma elegante dama inglesa disse, diante da maravilha marmórea do Taj Mahal: "Não sei dizer o que penso, mas penso que queria morrer amanhã se tivesse para me cobrir um monumento assim". 
                 Ainda que o imperador mongol tivesse mandado criar monumentos eternos, mediante numerosas obras de arte, não nos lembramos dele como renovador de Delhi, que em sua honra se deveria chamar Djahanabad, mas sim como o construtor do Taj Mahal. Neste edifício descansam também  os restos mortais do imperador  que dominou a maior parte da península indiana. 
                O seu reinado terminou em condições similares e tão  desagradáveis como aqueles em que havia principiado. O Xá Djahan foi desterrado por seu filho Aurangzeb e encerrado no seu palácio, "onde até a sua morte levou uma vida alegre". Depois da morte de Aurangzeb o até então florescente império começou a declinar. 
                A esposa favorita do Xá Djahan, Mumtaz-i-Mahal - segundo palavras do conhecedor da Índia Helmuth von Glasenapp -, "exerceu uma grande influência sobre o imperador, com a sua beleza e bondade". Deu ao xá da Índia sete filhos. Morreu depois do nascimento do oitavo, em 1629, devido a uma febre puerperal, no sul da Índia. O Grande Mongol mandou transportar o cadáver para Agra e enterrou-o nos jardins junto do rio Djamna. O imperador mandou construir sobre o seu túmulo um monumento funerário como nunca existiu outro. "A impressão esmagadora que o Taj Mahal exerce sobre o observador fundamenta-se essencialmente no efeito dos dos contrastes. A reluzente faixa de água, com as suas flores de lótus, que se estende desde o portal da entrada, através do jardim, até o Taj Mahal, o soberbo edifício de mármore branco como a neve, o frondoso parque que o rodeia, e sobre ele o profundo azul do céu indiano, tudo isso se mistura na alma do visitante de tal forma que, por um instante, faz desaparecer todas as dificuldades e preocupações terrenas e, devido a este efeito poderoso, não tem comparação em todo o mundo."(Paul Deussen.) 
               Historiadores de arte preferem denominar este "sonho em mármore" uma apoteose de feminilidade indiana". O Xá Djahan mandou vir os mais famosos arquitetos e artistas para a construção do Taj Mahal, e com eles discutiu a realização do edifício. O perito que deveria montar a cúpula seria talvez originário de Istambul; os alveneiros vieram de Delhi e Kandahar; os especialistas para o cimo da cúpula, de Lahore e Samarcanda; os calígrafos, que realizaram as inscrições embutidas , de Chiraz e Bagdá; os gravadores de flores, de Bukhara; oarquiteto floral, da Caxemira. Vinte mil trabalhadores estiveram ocupados durante dezessete anos na construção do monumento funerário mais famoso do mundo. As despesas da sua construção foram incalculáveis. 
               "A impressão total ultrapassa tudo o que se possa imaginar", disse Kal Baedeker. "A simplicidade do desenho e a suntuosidade da realização misturam-se numa maravilha  de arte que compete, em matéria de sublime beleza, com os templos gregos e as mais famosas catedrais da Idade Média e do Renascimento."
                  

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