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domingo, 4 de março de 2012

A GRÉCIA ANTIGA



                       A GRÉCIA ANTIGA 
                  A Grécia é uma península, no Mediterrâneo, situada ao sul da Europa. Muito antes do século IV a.C. a civilização grega se estendia não só aos arquipélagos do Mar Egeu e à Ásia                       Menor, mas também às costas setentrional da África e meridional da Itália, onde se estabeleceram importantes núcleos de povoamento. 
                O relevo da península dividia a Grécia em pequenas regiões naturais, nas quais se formaram as cidades gregas. Cada uma delas tinha govêrno próprio e independente, constituindo-se em verdadeiros Estados ( séc. V a.C. ). Por ser a Grécia cheia de colinas, as cidades foram erigidas em vários planos, ligados por escadarias.
                  As cidades que mais se destacaram foram Atenas, Esparta e Tebas. 
Os espartanos dedicavam a vida à guerra. Esparta era conhecida como a terra dos homens de ferro.  Todos os espartanos eram soldados treinados desde a infância. O casamento tinha como principal finalidade produzir soldados sadios. O recém-nascido que não passasse no exame físico era desclassificado e, por ordem do Estado, arremessado num precipício. Só os mais capazes tinham direito de sobreviver. Era muito comum que os maridos entregassem suas esposas para engravidar de homens mais fortes com o objetivo de ter uma prole com maior capacidade física. 
               A lei proibia aos espartanos que negociassem ou possuíssem dinheiro. Reuniam-se em comunidades onde ricos e pobres viviam e comiam juntos. 
                Os atenienses eram uma raça de sábios e artistas. Na escola  ao ar livre, os alunos aprendiam a cantar e tocar instrumentos. Na Grécia Antiga a música tinha tanta importância quanto a aritmética. As crianças eram levadas à escola pelo escravo de confiança da família. Ele tinha a responsabilidade de levar também a lira, que era o instrumento musical dos adolescentes gregos. É como se fosse a guitarra elétrica de um adolescente moderno.
                A roupa grega era feita em casa e o artesanato da tecelagem, embora caseiro, era bem especializado. Eram tecidos por mulheres em teares verticais, distribuídos num pátio  da residência. 
               Certas tarefas eram consideradas impróprias para membros de famílias mais ricas. Por isso eram confiadas a escravos, que se encarregavam da maior parte dos trabalhos braçais cansativos. Num passeio pela cidade, a escrava carregava a sombrinha que protegia sua ama. 
             A Ágora era numa grande praça no centro da cidade onde se localizava o mercado que geralmente ficava próximo do templo.O templo não se destinava apenas a atividades religiosas, mas era também um centro de reuniões sociais e políticas. Ali se realizavam importantes discussões públicas e comícios políticos. 
                Já naquele tempo haviam jovens rebeldes com seus carros esportes puxados por belos e velozes cavalos. Era uma espécie de carro de passeio, muito leve e rápido. 
                O senhor grego sustentava-se principalmente de azeitonas, vinho e cereais. O solo grego é muito favorável ao plantio da oliveira e, já na antiguidade, o azeite era um importante produto de exportação. 
               O senhor grego costumava levantar-se ao nascer do sol e então mergulhava um pedaço de pão de trigo num copo de vinho  e fazia uma oferta de curta prece às estátuas de Zeus, Deméter e Atena.  Em seguida, entrava  casualmente em casa de um amigo onde comia uns pedacinhos de peixe. Dali, com sua bengala na mão,  seguia para a Ágora (Praça do Mercado) onde passava o dia discutindo negócios e política com amigos. 
                  O cidadão nobre da Grécia não exercia nenhum trabalho manual como lavrar a terra e cuidar das oliveiras. Seus escravos se encarregavam disso. A mulher do cidadão educava as crianças, limpava os deuses caseiros, varria  o pórtico de colunas e cuidava de sua aparência para estar bela quando seu marido voltasse à tarde.   Os meninos e meninas de  famílias nobres iam para o ginásio, onde jogavam, em absoluta nudez, almoçavam pão, figos e vinho, e passavam a tarde  tocando lira ou seguiam de carro em alegre excursão para o campo.  Os rapazes tinham de prestar serviço militar e as moças passavam suas tardes em aulas de costura. 
                  Entre os gregos, o amor entre um homem e uma mulher ficava em segundo plano. Era considerado necessário para a procriação, mas o amor ideal era entre homens. Por essa razão o homossexualismo era natural. Era muito comum o amor entre o mestre e seu aluno favorito, filósofo e discípulo. Entretanto foi essa a principal acusação que levou Sócrates a ser processado por "corromper" a juventude. 
                   No mercado vendia-se os produtos da terra: trigo, cevada, lentilha, figos, nozes, mel, leite e queijo de ovelha e de cabra. As bancas de peixes eram muitas, mas as carnes vermelhas eram produtos escassos. O motivo é que o rebanho caprino e bovino era muito reduzido. Ir às compras era um privilégio dos homens. As mulheres ficavam em casa.   
                     No casamento, a tradição grega determinava que os pais do noivo recebessem os recém-casados à porta de sua casa com tochas acesas nas mãos. O casal e o padrinho chegavam de carro. Um cortejo de amigos acompanhava os esposos a pé. 
            Os gregos eram altamente religiosos, mas pelo fato de seus deuses possuírem as fraquezas e vícios dos homens, sua religião era considerada pagã. Frequentemente celebravam festas em honra dessa ou daquela divindade. 
              A arquitetura grega sempre foi muito avançada. Através de encanamentos subterrâneos, a água era trazida de nascentes distantes até a fonte pública. Buscar água na bica para o consumo diário era função feminina. As mulheres conduziam suas ânforas cheias de água sobre a cabeça que era protegida por uma almofada. 
                 A cerâmica também era uma atividade essencial na vida grega.  Além dos vasos de formas  variadas - geralmente muito bonitos - os oleiros produziam ainda brinquedos: bonecas articuladas, carinhos com rodas móveis, soldadinhos a cavalo e máscaras grotescas. Para maior facilidade de acesso à água, as olarias ficavam junto à fonte.
                   O forjador de bronze era um artesão muito solicitado. Como a têmpera de metais exige muita água, sua oficina se situava junto à fonte. 
                  Embora cada cidade tivesse seus próprios hábitos, havia muita semelhança na vida dos gregos. 
                  Foi a cultura grega que nos permitiu conhecer com certa profundidade sua forma de vida e seus hábitos que ficaram registradas tanto nas suas belas esculturas, como nos seus produtos preservados.  Os historiadores da época anotaram muita coisa interessante e a pesquisa histórica moderna fez o resto. 
Nicéas Romeo Zanchett
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