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segunda-feira, 16 de maio de 2011
RODIN - AUGUSTE RODIN
RODIN - AUGUSTE RODIN
Auguste Rodin nasceu em 1840 em uma favela parisiense. Era míope e considerado um retardado, mas tinha uma paixão dominadora que o impulsionava a criar com as próprias mãos. Pode-se dizer que nasceu escultor e isto sobrepôs-se a tudo. Sua vida foi brilhnate e ao mesmo tempo tormentosa. Por ela sofreu e fez sofrer, principalmente as duas mulheres que tanto amou.
Rodin foi considerado o mais controvertido artista do seu tempo. Tal como Miguel Ângelo, ele tinha a audácia de modelar o corpo humano com a força de sua beleza natural. Era uma época em que uma obra de arte controversa podia assumir proporções de crise nacional. Era constantemente atacado pela imprensa e pelo público. Foi sob duros conflitos que o criador de "O Pensador" e "O Beijo", obteve finalmente o reconhecimento que merecia. Sem duvida, foi um dos maiores escultores que o mundo já teve.
É considerado o Moises da escultura. Ele fez sair da aridez novecentista das lindas ninfas de marmore, solenes figuras alegóricas e pomposos herois nacionais, onde os vultos humanos podem mostrar-se heróicos sem serem idealizados pelas mãos do escultor. Modelando o corpo humano, Rodin às vezes exagerava traços que eram julgados feios como pele enrrugada, feições rudes e músculos contorcidos. É o espírito, a força vital que emerge de suas criaturas vibrantes, muitas vezes angustiadas, que marca sua obra. A forma de carne viva era tão importante como símbolo de vida para Rodin, que ele detestava vesti-la. Em sua estátua do grande Balzac, ele encontrou a solução vestindo-o com a túnica dominicana intemporal que o escritor francês usava quando escrevia. Foi talvez o primeiro dos modernos que tentou ser universal, mais do que realista. Sua escultura emerge dum rude bloco, erguendo-se dentre um oceano de ondas de mármore. Suas figuras parecem ser esmagadas na luta para se levantar da superfície e libertar-se das massas de pedra que as aprisionam. Em suas obras há agonia e também um apaixonado anseio de viver e amar. Mas ele nem precisava de um corpo inteiro para projetar sua grande preocupação com a humanidade. Modelava uma simples mão, com dedos tensos elevando-se no espaço, para fazer disso um símbolo de ternura, aspiração um íra. Em sua obra "A Mão", esculpiu aquela grande mão de Deus que emerge para criar o mundo, o homem e a mulher. Da simples argila, fazia brotar suas amadas criaturas humanas, perfeito assunto para o gênio místico e criativo de Rodin.
O Pensador, a mais conhecida e talvez a mais polêmica de suas obras é também a mais perfeita e mística. A grande estátua de bronze sugere não apenas pensamento, mas a própria vida: desejo, ambição, virilidade, dúvida e até esperança. O poder da vida embaraçada pela dúvida, e a própria dúvida cedendo a uma rude aspiração, que produz um estado de anseio, mistério e perplexidade.
O domínio técnico de Rodin derivou-se da renascença e também, em certos casos, de Miguel Ângelo, cuja obra muito admirava. Entretanto o modo de trabalhar as superfícies era inteiramente novo, só seu. Seu objetivo era não só comunicar o movimento físico real, mas deixar o bronze tão tosco que pudesse capatar o jôgo de luz e sombra, para realçar a ilusão de vitalidade irrequieta.
Esculpir requer, além de inspiração e observação vigilante, amor dedicação e principalmente muito trabalho. Um verdadeiro escultor é, antes de tudo, um operário que sabe usar o cinzel.
Nicéas Romeo Zanchett
http://rodinpesquisaderomeozanchett.arteblog.com.br/
http://desenhosderodin.arteblog.com.br/
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