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domingo, 1 de janeiro de 2012

O PRÊMIO NOBEL

                        O PRÊMIO NOBEL
                   O Prêmio Nobel foi criado pelo inventor da dinamite.
                  Alfred Nobel nasceu em 21 de outubro de 1833, em Estocolmo. Sua família era muito pobre. Seu pai, um modesto agricultor, resolveu tentar a sorte e foi estudar engenharia militar onde se saiu muito bem. Seu brilhantismo chamou a atenção do governo russo que o convidou para trabalhar na construção de engenhos militares e dirigir a abertura de novas estradas estratégicas.  O velho Nobel aceitou e partiu para a Rússia com toda a família: mulher e os filhos Robert, Ludwig e Alfred.
                  Na Rússia, em pouco tempo a família passou a ser proprietária de diversas jazidas petrolíferas em Baku, ao sul daquele país. Com ótimas condições financeiras, seus filhos puderam ser educados por professores particulares. 
                Não demorou muito para que o velho Imanuel Nobel percebesse o grande talento do filho Alfred e o mandou estudar um ano nos Estados Unidos, onde trabalhou com um engenheiro sueco chamado Johan Ericson. 
               Ao  voltar para a Rússia  Alfred já era um inventor de renome e com muita capacidade para dirigir a exploração de petróleo em Baku.  Mas, no fundo, não era isso que ele queria; sua ambição era fazer experiências com explosivos, que eram pouco conhecidos.
                Passado algum tempo a família toda regressa à Suécia.  O sonho de Alfred finalmente vai se realizar. Juntamente com seu pai Imanuel monta um pequeno, mas muito bem equipado laboratório de pesquisas em Helemborg, perto de Estocolmo.  Ali começam a trabalhar num novo líquido perigoso, capaz de explodir com um simples aumento do calor ou à menor agitação. Tratava-se da nitroglicerina. 
               Em pouco tempo de pesquisa Alfred descobriu um jeito eficaz de provocar a detonação dessa substância. Mas teve de pagar um alto e trágico preço pelas experiências: uma explosão mandou pelos ares todo o laboratório; várias pessoas morreram - entre elas, um irmão de Alfred. Por causa do acidente, seu pai teve um ataque apoplético que o deixaria paralisado pelo resto da vida.
                Sem a ajuda do pai, que em tudo o apoiava, Alfred continuou seu trabalho de pesquisa e instalou fábricas de nitroglicerina na Alemanha e Noruega. Mas os acidentes não cessaram: a fábrica da Alemanha pegou fogo; um navio explodiu no Canal de Panamá; Outras explosões também ocorreram nos Estados Unidos e na Austrália. 
                  Em virtude dos constantes acidentes, os governos ficaram preocupados  e foram obrigados a tomar providências para prevenir novas tragédias. A Bélgica e a França proibiram a fabricação de nitroglicerina em seus territórios; a Suécia impediu seu transporte e a Inglaterra restringiu severamente sua utilização. Parecia que tudo estava perdido para Alfred. Mas, finalmente, entre 1866 e 1867, descobriu que acrescentando certas substâncias absorventes à nitroglicerina seria possível  armazená-la e transportá-la sem riscos. A nitroglicerina só explodiria com o uso de um detonador especial. Estava criada a poderosa arma à qual Alfred batizou com o nome de dinamite - palavra originária do grego "dynamis", que significa fôrça. O povo passou a chamá-la de "pólvora segura de Nobel".
                 Com o grande sucesso advindo de sua invenção Alfed pode então multiplicar suas fábricas pelo mundo. Já em 1875, é dono de diversos centros produtores de dinamite em todos os países da Europa e nos Estados Unidos. 
                  Seus trabalhos de pesquisa continuaram e logo descobriu uma nova pólvora  não fumarenta, derivada da nitroglicerina à qual deu o nome de "balistite".  O novo invento foi patenteado em 1887 e logo passou a ser utilizado pela maioria dos países para fins militares. Isso deixou Nobel preocupado, pois sabia o que a balistite não ajudaria acabar com as guerras; muito pelo contrário, as alimentaria.  Já era um homem riquíssimo e muito respeitado, mas também solidário e pessimista. 
                   Foi, movido por estes sentimentos que Alfred Nobel decidiu gastar parte de sua fortuna financiando movimentos pacifistas. 
                   Alfred nunca se casou e faleceu em 10 de dezembro de 1896. Em seu testamento determinou que, após a sua morte, uma fundação patrocinasse, anualmente, com juros do seu imenso capital, a entrega de cinco prêmios: física, química, medicina e literatura, além de um um especial, a quem contribuísse de maneira mais notável para a paz entre os homens.
                      Quem escolhe os premiados de física, química, medicina e literatura  são várias entidades científicas suecas; a decisão sobre o Prêmio Nobel da Paz, no entanto, cabe a uma comissão de cinco pessoas indicadas pelo parlamento Norueguês. 
                O Banco Real da Suécia instituiu o Prêmio de Economia, mas, nos escritos deixados por Alfred Nobel, não existe nenhuma menção a esse respeito. Todos os anos acontecem protestos de diversos cientistas e intelectuais sobre a legitimidade desse prêmio. Ele tem servido para dar grandiosidade às especulações financeiras e, portanto, é uma oposição às verdadeiras e legítimas intenções de Alfred Nobel.
Nicéas Romneo Zanchett
http://amoresexo-arte.blogspot.com/


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