A MATA ATLÂNTICA DE SANTA CATARINA
O estado de Santa Catarina, localizado no sul do Brasil, tem uma extenção territorial de 95.985 Km2. Sua população é de 6.178.603 habitantes, sendo 21,3% na área rural e 78,7% na área urbana. -(Censo do IBGE dfe 2010).
Está totalmente incerido no Bioma da Mata Atlântica.
90% dos imóveis rurais do estado são propriedades com até 50 hectares, trabalhados com mão-de-obra familiar.
Ao longo do século XX essas características se mantiveram utilizando as riquezas naturais.
Com o advendo da Globalização e sua conseqüente competitividade, tendo ainda como agravante a degradação ambiental agrícola familiar, foi paulatinamente sendo inviabilizado. Isto levou a um novo fenômeno ambiental: A regeneração natural e espontânea de áreas antes cultivadas. Cálculos recentes indicam que aproximadamente 70.000 hectares passaram do estado de degradação para o inicial médio e avançado de regeneração.
Analisando friamente esta questão podemos considerar que, em princípio, isto é bom. No entanto, uma análise mais aprofundada nos leva a perceber que isto só não é suficiente, pois a regeneração espontânea é muito pobre de espécies. É aí que surge a necessidade de um trabalho planejado e conduzido de recuperação ambiental da Mata Atlântica local.
É preciso considerar, também, o desmatamento criminoso de florestas primárias, ricas em biodiversidades contínuas.
O esforço das autoridades e as leis ambientais não tem sido suficientes para barrar o desrespeito ao meio ambiente. É urgente que façamos um trabalho sério de conscientização e educação ambiental, tendo como foco principal os pequenos agricultores familiares, tornando-os parceiros e verdadeiros guardiões da natureza.
Dos seus 9,5 milhões de hectares, o estado de Santa Catarina mantém uma pequena parcela de sua cobertura florística original. Estas matas estão, predominantemente, em locais de difícil acesso e com topogrfia acidentada que garantiram a sua proteção. É nestes locais que estão os mais ricos remanescentes da Florésta Ambrófila Densa (Floresta Atlântica).
Com a acelerada colonização e industrialização que aconteceu no século XX, a mata foi cedendo espaço para a lavoura, criação de gado, suinos e aves, inclusive com incetivos financiados vindos da indústria local, principalmente dos frigoríficos e do tabaco. Esta colonização se deu nas pequenas propriedades espalhadas por todo o estado com expressiva participação de imigrantes oriundos da Itália, Alemanha, Polônia, Rússia, Japão, entre outros.
As matas de vegetação lenhosa como a "Floresta Ambrófila Mista", onde se destacavam o pinheiro, canela, cedro e imbúia, além de outros, foram fortemente explorados por madeireiros e fabricantes de móveis e casas. Estas matas foram sistematicamente substituídas por pastagens e produção agrícola.
Os campos do planalto catarinense foram transformados em áreas agrícolas mecanizadas, onde predominam as monoculturas.
Originalmente a superfície do estado era de 81,5% com cobertura florestal. Hoje esta cobertura está reduzida a algumas áreas de preservação.
Até o início do século XX, menos de 5% das matas catarinenses haviam sido destruídas. Hoje restam apenas 17,46%, equivalente a 1.662.000 hectares, sendo aproxuimadamente 280.000 hectares de florestas primárias e 1.382.000 hectares de floretas secundárias.
Apesar de toda a destruição, o estado de Santa Catarina ainda é o terceiro do país com maior número de hectares de Mata Atlântica.
O estado tem um vigoroso parque industrial de móveis, cerâmica, papel e celulose, além de inúmeras serrarias voltadas para a produção de madeira para construção civil. Como as espécies de madeiras nativas estão com seus estoques exauridos, o uso foi substituído por madeiras de reflorestamentos do gênero Pinus e Eucalíptos.
Entre 1965 e 1985 houve forte desmatamento impulsionado pelos reflorestamentos de pinus e eucalipto. Nesta mesma ocasião entrou em cena a fumicultura, financiada pela indústria, e a especupalçao imobiliária, além da reforma agrária que muito contribuiram para se chegar à situação atual de degradação.
O povo catarinense, que tanto ama seu estado, não deve ficar à espera de uma solução governamental, que sempre vem tarde e conduzida por políticos corruptos. É preciso que cada um faça sua parte.
Confúcio disse: "Se alguém quer mudar o mundo, deve começar por si próprio." Mudando nossa casa, mudaremos a rua; mudando a nossa rua, mudaremos o bairro; mudando o bairro, duremos o múnicípio; mudando o município, muderemos o estado e mudando o estado mudaremos o país. Ao mesmo tempo temos de nos preocupar em ser pessoas melhores, menos poluidoras, menos consumistas e desperdiçadoras. Precisamos ser melhores consumidores e cidadãos, capazes de dizer não a empresas e políticos que não respeitam o meio ambiente.
Nicéas Romeo Zanchett
http://amoresexo-arte.blogspot.com/
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