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domingo, 1 de janeiro de 2012

AS CRUZADAS E A CONQUISTA DO SANTO SEPULCRO



         AS CRUZADAS E A CONQUISTA DO SANTO SEPULCRO
                 No ano de 1095, sacudida pelo incitamento do Papa Urbano II, e instigada também pela predicação de Pedro, o Eremita, que conduziu pessoalmente os primeiros cruzados até Constantinopla, a Europa armou-se para sua grande expedição, a maior depois da queda do Império Romano. O objetivo era resgatar dos muçulmanos os Lugares Santos da Palestina. Esse grande movimento chamou-se Cruzadas.
                Jerusalém, Belém e outros lugares ligados à vida de Cristo e que constituíam objeto de especial devoção e de peregrinação entre os cristãos, haviam caído sob o domínio árabe no século VII. Para resgatá-los foram realizadas expedições militares, por parte dos cristãos da Europa Ocidental. Além da causa principal, outras houveram, como a intolerância religiosa dos turcos seldjúcidas, desde que passaram do califado de Bagdade; o desejo do Papa de reunir os cristãos, separados desde o Cisma do Oriente; a expansão turca na Ásia Menor, privando o Império Bizantino de sua principal peça de defesa;  a fé religiosa e a existência, no Ocidente europeu, de uma classe militar, a cavalaria, cuja finalidade máxima era a defesa da fé.  Eram conseguidos graças e privilégios aos expedicionários das diversas regiões europeias, que deveriam concentrar-se em Constantinopla, para um avanço em massa  contra os muçulmanos. 
No Oriente, os Turcos, sucedidos aos califas árabes no trono de Bagdá (em 1055, o Emir Togrul-Beg, da dinastia de Seljuke, assumira o título de Sultão) oprimiam os postos avançados da Cristandade, ocupando a Síria, a Palestina, a Armênia e os domínios bizantinos da Anatóia.  De Constantinopla, os Imperadores - Romano IV Diógenes e Aleixo Comneno - imploravam socorro. O Papa, então, promoveu a união das forças ocidentais contra a ameaça asiática que iniciou-se em 1096. 
                 Atendendo aos apelos e também movidos pela ambição, de todas as cidades, dos castelos da Europa, partiram homens armados, trazendo, em suas couraças e escudos, o símbolo de uma cruz vermelha em campo branco; cavaleiros isolados, senhores feudatários, seguidos por seus vassalos, todos animados por ambição ou enorme impulso de fé.  Aos postos de chamada, aguardavam os chefes: Hugo de Vermandois, Roberto de Normandia, Godofredo de Bolhão, Boemundo de Tranto, Raimundo de Tolosa, os maiores senhores da Cristandade, que conduziam, por vias diversas, o grosso das tropas até Constantinopla. 
              Com a ajuda do imperador Aleixo Comeno, o exército cruzado seguiu para a àsia Menor; Tomou Nicéia e Tarso, transpôs, com muita dificuldade  e com grandes perdas, a cadeia de Tauro e baixou sobre Odessa e Antioquia. Após vários choques, rebeliões e dissídios entre os chefes, o exército cruzado, agora sob o comando de Godofredo de Bolhão, duque de Lorena, move-se rumo a Jerusalém e sitia-a. Em 15 de julho de 1099, já com quatro anos de campanha, com as novas máquinas de guerra e catapultas construídas por Guilherme Embriaco, chefe dos cruzados genoveses, uma avalancha de pedras e de fogo grego foi despejada sobre as muralhas  da cidade.  Através das brechas , irromperam os soldados de Godofredo de Bolhão, em vão combatidos pelos Muçulmanos. Cuprindo sua promessa, os chefes cristãos ofereceram a Godofredo a coroa de Jerusalém, mas este recusou, aceitando unicamente o título de "Defensor do Santo Sepulcro".
                     A primeira cruzada terminou, naquele mesmo dia, com uma esmagadora vitória dos Europeus, mas os resultados não foram duradouros. O pequeno reino de Jerusalém, fundado após a conquista, teve vida efêmera; cinqüenta anos mais tarde, em 1147, foi necessário organizar-se, para defendê-lo, uma segunda Cruzada, que, aliás, não teve êxito, e, em 1187, a Cidade Santa caía em poder do Sultão do Egito, o famoso Saladino, que derrotara e aprisionara o rei Guido de Lusignano. 
                 A terceira Cruzada, em 1189, chefiada por Frederico Barbaroxa, pelo rei da Inglaterra, Ricardo Coração de Leão, e pelo rei de França, Felipe Augusto, extinguiu-se com a morte de Frederico e pelo abandono do rei francês em 1192. 
                    A quarta Cruzada, que deu-se em 1202, nem sequer chegou à Palestina. Em 1204, o Doge de Veneza, Henrique Dândolo, que assumira o encargo de transportar as tropas, soube habilmente desviá-las para as costas da Dalmácia, dirigindo-se para Bizâncio onde desbaratou o poder imperial apoderando-se de uma enorme quantidade de territórios e ilhas. Esta foi a primeira vez que o exército das Cruzadas foi utilizado, não para a sua finalidade, mas para conquista de territórios, como faziam os romanos. A ambição foi mais forte que a fé. 
                 Por mais quatro vezes, entre 1218 e 1270, os exércitos cruzados voltaram a tentar a grande aventura, mas sempre foram derrotados pelos Turcos ou pelas dissidências internas ou, ainda, dizimados por epidemias. 
                    Jerusalém permaneceu definitivamente em mãos dos infiéis. Mas, naquele século de lutas, grandes acontecimentos estavam amadurecendo. Os rudes guerreiros de Europa tinham entrado em contato com o velho mundo oriental, rico de sabedoria e de história.  E, quando regressaram a seus castelos, às cidades fortificadas, ainda ardentes, pelo fogo das facções e dos ódios, traziam ainda na retina aquele mundo lendário, e procuravam estabelecer em seus territórios o fausto do Islã. 
Assim, as Cruzadas, fracassadas como expedições militares, constituíram a cabeça de ponte entre o Oriente e Ocidente, restituindo aos jovens povos da Europa as chaves de uma antiga e já olvidada sapiência.
                  A sétima e oitava Cruzadas foram realizadas pelo rei de França, Luiz IX contra Saladino, o poderoso sultão do Egito.
                 Derrotado e feito prisioneiro pelos Muçulmanos, em Mansura, o rei Luiz IX de França, teve de pagar, pela sua liberdade, um enorme resgate: um milhão de bizantes de ouro. Dessa forma terminava a oitava e ultima cruzada. Vitimado pela peste que assolava o mundo, o rei morreu em Tunis. A partir de então, diante de tantos fracassos, chegou ao fim o sonho de libertar Jerusalém pela força dos exércitos cruzados.  Os Templários cuidavam muito mais dos seus interesses comerciais do que da vida de monges-soldados. Aos poucos, os latinos foram perdendo seu ódio pelo islã e a tolerância passou a ser uma nova realidade. Terminava assim a ofensiva cristã contra os muçulmanos, sem conseguir enfraquecer a fôrça do Islã. 
"Se temos de conviver com religiões, precisamos abraçar a causa com tolerância".
Nicéas Romeo Zanchett 
http://gotasdeculturauniversal.blogspot.com/


O PRÊMIO NOBEL

                        O PRÊMIO NOBEL
                   O Prêmio Nobel foi criado pelo inventor da dinamite.
                  Alfred Nobel nasceu em 21 de outubro de 1833, em Estocolmo. Sua família era muito pobre. Seu pai, um modesto agricultor, resolveu tentar a sorte e foi estudar engenharia militar onde se saiu muito bem. Seu brilhantismo chamou a atenção do governo russo que o convidou para trabalhar na construção de engenhos militares e dirigir a abertura de novas estradas estratégicas.  O velho Nobel aceitou e partiu para a Rússia com toda a família: mulher e os filhos Robert, Ludwig e Alfred.
                  Na Rússia, em pouco tempo a família passou a ser proprietária de diversas jazidas petrolíferas em Baku, ao sul daquele país. Com ótimas condições financeiras, seus filhos puderam ser educados por professores particulares. 
                Não demorou muito para que o velho Imanuel Nobel percebesse o grande talento do filho Alfred e o mandou estudar um ano nos Estados Unidos, onde trabalhou com um engenheiro sueco chamado Johan Ericson. 
               Ao  voltar para a Rússia  Alfred já era um inventor de renome e com muita capacidade para dirigir a exploração de petróleo em Baku.  Mas, no fundo, não era isso que ele queria; sua ambição era fazer experiências com explosivos, que eram pouco conhecidos.
                Passado algum tempo a família toda regressa à Suécia.  O sonho de Alfred finalmente vai se realizar. Juntamente com seu pai Imanuel monta um pequeno, mas muito bem equipado laboratório de pesquisas em Helemborg, perto de Estocolmo.  Ali começam a trabalhar num novo líquido perigoso, capaz de explodir com um simples aumento do calor ou à menor agitação. Tratava-se da nitroglicerina. 
               Em pouco tempo de pesquisa Alfred descobriu um jeito eficaz de provocar a detonação dessa substância. Mas teve de pagar um alto e trágico preço pelas experiências: uma explosão mandou pelos ares todo o laboratório; várias pessoas morreram - entre elas, um irmão de Alfred. Por causa do acidente, seu pai teve um ataque apoplético que o deixaria paralisado pelo resto da vida.
                Sem a ajuda do pai, que em tudo o apoiava, Alfred continuou seu trabalho de pesquisa e instalou fábricas de nitroglicerina na Alemanha e Noruega. Mas os acidentes não cessaram: a fábrica da Alemanha pegou fogo; um navio explodiu no Canal de Panamá; Outras explosões também ocorreram nos Estados Unidos e na Austrália. 
                  Em virtude dos constantes acidentes, os governos ficaram preocupados  e foram obrigados a tomar providências para prevenir novas tragédias. A Bélgica e a França proibiram a fabricação de nitroglicerina em seus territórios; a Suécia impediu seu transporte e a Inglaterra restringiu severamente sua utilização. Parecia que tudo estava perdido para Alfred. Mas, finalmente, entre 1866 e 1867, descobriu que acrescentando certas substâncias absorventes à nitroglicerina seria possível  armazená-la e transportá-la sem riscos. A nitroglicerina só explodiria com o uso de um detonador especial. Estava criada a poderosa arma à qual Alfred batizou com o nome de dinamite - palavra originária do grego "dynamis", que significa fôrça. O povo passou a chamá-la de "pólvora segura de Nobel".
                 Com o grande sucesso advindo de sua invenção Alfed pode então multiplicar suas fábricas pelo mundo. Já em 1875, é dono de diversos centros produtores de dinamite em todos os países da Europa e nos Estados Unidos. 
                  Seus trabalhos de pesquisa continuaram e logo descobriu uma nova pólvora  não fumarenta, derivada da nitroglicerina à qual deu o nome de "balistite".  O novo invento foi patenteado em 1887 e logo passou a ser utilizado pela maioria dos países para fins militares. Isso deixou Nobel preocupado, pois sabia o que a balistite não ajudaria acabar com as guerras; muito pelo contrário, as alimentaria.  Já era um homem riquíssimo e muito respeitado, mas também solidário e pessimista. 
                   Foi, movido por estes sentimentos que Alfred Nobel decidiu gastar parte de sua fortuna financiando movimentos pacifistas. 
                   Alfred nunca se casou e faleceu em 10 de dezembro de 1896. Em seu testamento determinou que, após a sua morte, uma fundação patrocinasse, anualmente, com juros do seu imenso capital, a entrega de cinco prêmios: física, química, medicina e literatura, além de um um especial, a quem contribuísse de maneira mais notável para a paz entre os homens.
                      Quem escolhe os premiados de física, química, medicina e literatura  são várias entidades científicas suecas; a decisão sobre o Prêmio Nobel da Paz, no entanto, cabe a uma comissão de cinco pessoas indicadas pelo parlamento Norueguês. 
                O Banco Real da Suécia instituiu o Prêmio de Economia, mas, nos escritos deixados por Alfred Nobel, não existe nenhuma menção a esse respeito. Todos os anos acontecem protestos de diversos cientistas e intelectuais sobre a legitimidade desse prêmio. Ele tem servido para dar grandiosidade às especulações financeiras e, portanto, é uma oposição às verdadeiras e legítimas intenções de Alfred Nobel.
Nicéas Romneo Zanchett
http://amoresexo-arte.blogspot.com/