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sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
IVO PITANGUY - O GRANDE CIRURGIÃO PLÁSTICO
IVO PITANGUY - O GRANDE CIRURGIÃO PLÁSTICO
Quem via o menino Ivo, aos 13 anos, andando pelas ruas de Belo Horizonte com uma cobra jibóia pendurada no pescoço, não podia imaginar que ali estava o futuro maior cirurgião plastico do mundo.
Mineiro de Belo Horizonte, segundo filho do médico (cirurgião-geral) Antônio de Campos Pitanguy e de dona Maria Stael, nasceu em 05 de julho de 1926. Ele mesmo disse: "Desde de pequeno, fui criando interesses múltiplos. Gostava de olhar as coisas, sentir um pássaro, ver um crepúsculo. Sempre tive muito contado com a natureza - e sempre fui esportivo. O homem é animal ativo, não nasceu parado". Ex campeão de natação e de tênis por Minas Gerais. Um homem completamente apaixonado pela natureza e pelos animais.
NBo Rio de Janeiro, em 1949, entre os cursos nos Estados Unidos e na Europa, fundou a primeira clínica de cirurgia de mão do Brasil, na Santa Casa de Misericórdia.
Ao voltar da Europa, foi chefe do Serviço de Queimaduras e de Cirurgia Reparadora do Hospital Souza Aguiar, de 1952 a 1955. Em 1954, fundou o Serviço de Cirurgia Plástica da Santa Casa.
Foi do dia 17 de dezembro de 1961 que pôs à prova suas habilidades como cirurgião reparador. O Gran Circo Norte-Americano estava se apresentando em Niterói quando pegou fogo matando carbonizadas mais de 400 crianças. Cerca de 1.000 pessoas conseguiram se salvar - muitas terrivelmente mutiladas. Uma boa parte passou pelas mãos abençoadas do anjo Ivo Pitanguy. Durante cinco dias e cinco noites ele dormiu apenas de duas a três horas, atendendo quase ininterruptamente os sobreviventes.
Ele conta com orgulho alguns trabalhos interessantes que passaram por suas mãos. A mão de um "batedor de carteiras" foi um dos primeiros casos. Passou horas no pronto-socorro consertando aquela mão que inadvertidamente a tinha arrebentado em uma vitrine de loja. "Consertei os tendões com todo o cuidado, deixando em dia o instrumento de trabalho do punguista. Afinal, não cabe ao médico discutir a formação moral de seus pacientes!"
O caso da jiboia aconteceu quando ele tinha apenas 13 anos e nem pensava em ser cirurgião. Conta ele que andando pelas florestas dos arredores de Belo Horizonte, deu de cara com uma cobra. Olharam-se e ele, prudentemente, desviou-se dela. Continuou sua andança e logo percebeu que a cobra o seguia. Trocaram novos olhares e então ele, correndo risco e com certo medo, resolveu acariciar sua cabeça. Ele disse: "Bom, até uma jiboia deve sentir falta de ternura nesse diabo de vida". E, para espanto da família e dos vizinhos, a partir daquele momento tornaram-se amigos inseparáveis. A família e os amigos não gostavam da ideia, mas ele saia pelas ruas com a jiboia pendurada no pescoço."Consegui realizar um sonho de infância: andar em um bonde sozinho, sem ninguém me apertando e esmagando. Eu entrava com a jiboia enrolada no pescoço e todos os outros passageiros saiam correndo! Também nas lojas, onde costumavam me ignorar, eu era atendido com a rapidez de um raio!" Num certo dia, para sua tristeza, a cobra fugiu de casa e nunca mais voltou.
Outra história interessante contada por ele é do tempo em que ainda trabalhava ....
quinta-feira, 21 de novembro de 2024
OS LUZIADAS
OS LUSÍADAS
Resumir a grande obra "Os Lusíadas" é tarefa que somente o próprio Camões teria capacidade de fazê-lo. Mas, como o objetivo é dar aos leitores algumas gotas de cultura e, considerando que a obra de Camões é o grande poema da língua portuguesa, meu trabalho ficaria incompleto e falho se, pelo menos, não tentasse incluir este resumo.
Os Lusíadas, de Luiz de Camões, é um poema nacional português em dez contos. Cada um forma um número variável de estrofes de oito versos cada (oitavas), sendo cada verso composto por dez sílabas.
I
A frota portuguesa comandada por Vasco da Gama foi lançada ao mar, por caminhos desconhecidos, em busca da Índia. Foram muitas as aventuras e provas terríveis que exigiram grande coragem e determinação.
A proeza somente foi possível graças à bravura, arrojo e constância dos portugueses, que certamente tiveram a proteção dos deuses do Olimpo e Júpiter. Entretanto Baco, que havia conquistado o Oriente, e temia que a fama dos portugueses sobrepusesse à sua, recebeu apoio de Netuno e juntos opuseram-se aos desígnios de Júpiter. Mas Vênus e Mercúrio, que também estavam na reunião dos deuses, defenderam e aprovaram a ousadia dos destemidos navegantes. Ao final da reunião, Júpiter se propôs auxiliar e proteger os intrépidos aventureiros.
Enquanto a reunião se passava no Olimpo, a frota de Vasco da Gama chegava a Moçambique, onde foram bem recebidos pelos negros nativos daquela terra. Mas ao tomarem conhecimento de que eram cristãos e possuidores de armas e riquezas, foram tomados pela cobiça, inveja e ódio e, fingindo-se amigos, prepararam-lhes uma traição; mas foram vencidos e desbaratados. Então, fingindo-se arrependidos, seguiram o conselho de Baco que, sob a figura de um velho, aconselhou o rei nativo infiel a dar-lhes um guia astuto que, prometendo ensinar-lhes o caminho da Índia, os conduzisse à local perdido.
Assim, confiando naqueles que tão covardemente os enganava, partiram. Mas Vênus, que velava por eles, levantou os ventos e as águas, impedindo-os de aportar em Quiloa, uma das ilhas inimigas habitadas por mouros cruéis, para onde o guia traidor os queria levar.
II
Ao chegarem próximos a Mombaça, o rei daquele pais mandou convidar os portugueses a entrar no porto; Então Vasco da Gama enviou à terra dois comandados, cujo ofício era investigar casos como este, para sondar as verdadeiras intenções daquela gente desconhecida. Entretanto, foram os mensageiros enganados pela população que, mostrando-se amiga, preparava a traição planejada por Baco, que nesta oportunidade se apresentara como um sacerdote cristão.
Confiando nas aparências, preparava-se Vasco da Gama para entrar no porto com toda a sua frota, quando Vênus, vendo o imenso perigo que os ameaçava, se apresentou chorando na presença de Júpiter, queixando-se que ele, o grande deus, havia abandonado seus protegidos. Júpiter tranquilizou Vênus prometendo-lhe auxílio e descrevendo-lhe, para consolá-la, as grandes glórias que esperavam os portugueses, cujo nome imortal faria empalidecer a fama de todos os heróis da antiguidade. Vênus, muito satisfeita, volta para o mar, junta em torno de si as ninfas do oceano e, encrespando as ondas, impede a frota de entrar no porto traiçoeiro e impelindo-a brandamente para longe.
Lutando com as ondas rebeldes, os marinheiros faziam grande vozerio. Os traidores que tinham vindo a bordo, juntamente com o pérfido guia, para atrair todos ao porto de Mombaça, ficaram com a consciência intranquila e com medo de que aquele alarido todo, fosse de raiva contra eles; jogaram-se do navio e voltaram a nado para o continente. Diante disso, Vasco da Gama percebe que se tratava de uma traição.
Em sonho, Vasco da Gama recebe a visita de Marte, que o aconselha a aportar em Melinde, onde o rei e o povo lhe são favoráveis. Marte avisa que já estivera naquela terra e contara a todos sobre a fama do povo português, anunciando a chegada da frota.
Seguindo os conselhos do deus da guerra, Vasco da Gama segue para Melinde, onde os navegantes portugueses foram recebidos com sincera admiração e alegria. O rei lhes oferece agasalhos, mantimentos e tudo mais que necessitavam.
À noite houve grande festa com fogos de artifício e musica, tanto a bordo como em terra. No dia seguinte o rei de Melinde vai visitar a frota, que o acolhe com demonstração de júbilo e muito esplendor. O rei pede a Vasco da Gama que lhe conte a história do seu pais.III
Todos ficaram em silêncio para escutar o que o grande Vasco da Gama iria contar; depois de alguns momentos em meditação, começa por descrever a Europa e os diferentes povos que nela habitavam. Falou da gloriosa e forte Espanha, que chamou de cabeça da Europa, cujo rosto era Portugal; "a ditosa pátria minha amada", onde termina a terra e começa o mar. Conta a todos como Henrique de Borgonha ajudou D.Afonso de Castela a combater os mouros e dele recebeu sua filha Tereza em casamento, e as terras do norte de Portugal. Em seguida conta sobre o governo de seu filho D. Afonso Henriques, as lutas deste príncipe contra sua mãe, o cerco de Guimarães com a desenvolvida narração do sacrifício de D. Afonso, Egas Muniz, que ofereceu a sua vida e a de sua mulher e filhos ao rei de Leão, em troca da promessa, que não pode cumprir, de que D. Afonso Henriques se lhe submeteria; a batalha de Ourique, onde o príncipe foi aclamado rei pelos seus soldados, depois de ter a visão de Cristo crucificado, tendo nessa ocasião pintado no seu escudo as armas que ainda hoje figuram na bandeira de Portugal.
Contou também as gloriosas conquistas deste rei aos mouros, e passa a narrar vários acontecimentos do reinado de D. Sancho I, de D. Sancho II, de D. Afonso II, de D. Diniz; e então fala da obra deste rei que completa as vitoriosas conquistas dos seus antecessores, contruindo cidades e fortalezas, dif
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