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quarta-feira, 6 de abril de 2011

AS ORIGENS E LENDAS DO NATAL

                       AS ORIGENS E LENDAS DO NATAL 
                  Historicamente o Natal teve sua origem das festividades da brunália pagã -25 de Dezembro- que era uma orgia em homenagem a Saturno, que por sua vez, mais tarde deu origem ao carnaval em outra data.
                 No hemisfério norte, o solstício  de inverno ocorre entre os dias 21 e 22 de Dezembro, quando o sol atinge o seu afastamento máximo da linha do Equador, tornando as noites mais longas e marcando o início do inverno. Mitraistas estabeleceram o dia 25 de Dezembro, data do Natalis Solis Invicti, ou nascimento do sol invencível, como a do nascimento de Jesus Cristo. Entretanto, na bíblia não há nenhum mandamento ou instrução para celebrar o nascimento de Cristo. No ano 1955, falando sobre Jesus Cristo para um Congresso Internacional de História em Roma, o Papa Pio XII disse: "Para os cristãos, o problema da existência de Jesus Cristo concerne à fé e não à história". 
                  Acredita-se que a tradição de montar uma árvore de natal em cada casa tenha surgido em 1530, na Alemanha, com Martinho Lutero. Esta tradição foi trazida para o continente americano por alguns alemães durante o período colonial, quando estes vieram morar na América.
A festa de natal teve sua origem na Igreja Católica Romana a partir do século IV, e daí se expandiu ao protestantismo e ao resto do mundo. 
                   O presépio é um altar a Baa, deus supremo da religião fenícia, consagrado desde a antiga Babilônia. É um estímulo à idolatria. Seus adereços são simbologias utilizadas na festa do deus sol. A tradição da montagem do presépio teve início com São Francisco de Assis, no século XII. 
                   O Brasil, que é um país com maioria cristã, comemora a abertura do natal com a "Missa do Galo" que é celebrada diante de um presépio e suas figuras relacionadas à Babilônia. 
Quanto ao bom velhinho, Papai Noel, os estudiosos afirmam que foi inspirado no bispo chamado Nicolau, que nasceu na Turquia em 280 d.C. Ele era um homem de bom coração que costumava ajudar as pessoas  pobres, deixando saquinhos com moedas próximos às chaminés das casas.  
                    Depois deste breve histórico, podemos dizer que falar de Natal é falar de Jesus Cristo. Passados vinte séculos, seu nome continua vivo e sua presença marca a esperança, a vida e a fé de todo o mundo civilizado. Sem dúvida, é a Ele que se deve todo este envolvimento psíquico de emoção, compaixão e fraternidade da espécie humana. O ponto crucial desta questão é que Ele representa o grande pregador dos ensinamentos morais, a prática do bem e o amor ao próximo, independente das convicções religiosas. 
                     A real existência de Jesus Cristo tem sido posta em dúvida desde o século II de nossa era. Provas históricas e científicas são procuradas com o objetivo de fundamentar a crença. As bibliotecas e museus guardam escritos e documentos de autores que teriam sido contemporâneos de Jesus, mas nenhuma referência é feita a Ele. Os documentos oferecidos pela igreja não foram aceitos pelos historiadores que põe em dúvida sua autenticidade. Na verdade, os homens estiveram divididos em duas posições: a dos que afirmam sua existência e dos partidários da posição contrária, que afirmam ser Ele uma entidade idealizada, criada apenas para fazer cumprir as escrituras, visando dar sequência ao judaísmo que então morria, surgindo uma nova crença. Esta divergência data do século II quando judeus ortodoxos e alguns homens considerados sábios e formadores de opinião, começaram contestar a veracidade de sua existência.
                      Quando ainda cativos na Babilônia, os sacerdotes judeus, que representavam a nata social do seu meio, escreviam sobre tudo o que achavam interessante em matéria de costumes e crenças religiosas. Mais tarde compeliram tudo em um só livro que recebeu o nome de "Talmud" - livro do saber, do conhecimento e da aprendizagem.  Quando os judeus chegaram a Roma e Alexandria, ali só havia uma religião oral, portanto sem registro escrito. Isto facilitou a introdução de suas práticas religiosas como também suas superstições. Dessa conjuntura nasce o cristianismo com o máximo de mistificação religiosa de que foi capaz a mente humana da nossa época, a era cristã. Com grande habilidade, os judeus conseguiram implantar o cristianismo que logo entrou no gosto popular, penetrando na casa dos mais humildes, dos poderosos senadores e, inclusive, dos palácios imperiais.  Dizem os historiadores que Crestus, o Messias dos assênios, teria dado origem ao nome  Cristo, cristão e cristianismo. Os assênios tinham grande simpatia do povo por terem estabelecido uma instituição comunal, em que os bens pessoais eram igualmente de todos e para todos. No seu sistema, as necessidades de cada um eram responsabilidades de todos. 
                     Alguns historiadores afirmam que o cristianismo nasceu na Alexandria e não em Roma ou Jerusalém, e dão a entender que nasceu das ideias de Filon que, platonizando o judaísmo, escreveu boa parte do Apocalipse. É a mesma transformação que o cristianismo dera ao judaísmo introduzindo-lhe o paganismo e a idolatria. 
                     Independente de suas origens, ideologias e crenças, a verdade é que os cristãos foram muito perseguidos pelas suas práticas religiosas. Segundo Tácito, judeus e egípcios foram expulsos de Roma por formarem uma mística superstição. As expulsões ocorreram duas vezes no tempo do Imperador Augusto e a terceira vez no governo de Tibério no ano 19. Naquela época ainda não era conhecido o nome de Jesus Cristo e o nome cristão aplicava-se a superstição judaico-égípsia que mais tarde foi confundida com o cristianismo. 
                    O imperador Dioclessiano (245 x 313) passou para a história como o maior assassino dos cristãos. Do ano 303 a 312 ele mandou matar mais de 20 mil devotos. Naquela época a população mundial não chegava a 250 milhões de pessoas - equivalente a mais ou menos a atual população do Brasil-. Com o aparecimento de Constantino (Flávio Valérius  Constantino) - O Grande - Imperador romano - (272 x 337)- filho de Constâncio, que foi levado ao poder pelo seu exército, o cristianismo tomou força e um novo rumo.   Roma estava dividida e a desordem imperava. Constantino queria unificá-la e tornar-se seu único imperador. Disputava o poder com seu inimigo Maxêncio. Para vencê-lo precisava da ajuda dos cristãos e como era um hábil estrategista, disse a todos que, após ter visto no céu uma cruz onde estava escrito "tout o nika" -triunfa por meio desta-, havia se convertido ao cristianismo. Obtendo apoio dos cristãos,  em 213 às margens do rio Tibre, venceu Maxêncio, tornando-se o único imperador romano. Mesmo dizendo-se cristão, Constantino nunca se batizou. 
                     Com o imperador declarando-se cristão devoto, o cristianismo ganhou força. O imperador, satisfeito com os resultados, foi aos poucos imbuindo o espírito cristão nas leis romanas. Suprimiu o sacrifício da cruz, os combates de gladiadores e favoreceu a libertação dos escravos. Intitulou-se protetor da igreja e defensor da fé ortodoxa, elegendo-se como o primeiro Papa -chefe da igreja-. Construiu muitos templos -igrejas- e reuniu o Concilio Ecumênico de Nicéia em 325. Nele se reuniram bispos para discutirem duas opiniões constantes: aquela do padre alexandrino Ário que sustentava a doutrina de que Jesus Cristo era semelhante ao Pai, mas não era eterno como este, e aquela do bispo Atanásio da Alexandria que afirmava que Jesus Cristo não era criatura, mas sim substância divina. O Concilio, que foi o primeiro a receber o nome de Ecumênico, ou seja, universal, condenou a doutrina "herege" de Ário e aprovou a de Atanásio. No início do cristianismo os evangélios eram em número de 316 e o Concilio de Nicéia selecionou-os reduzindo-os para apenas  4, que hoje são conhecidos. 
                   Ao longo da história, o imenso poder do Vaticano tornou difícil a liberação do homem da tutela religiosa. Os partidários de posição contrária eram excomungados, perseguidos e até mortos impiedosamente. Muitas guerras foram motivadas por questões religiosas. 
Apesar de todos os problemas vividos ao longo da história, real ou idealizado, o nascimento de Cristo vem comovendo a humanidade a vários séculos. O que mais importa é que  o nome de Jesus Cristo está  no coração das pessoas e esta força é capaz de destruir barreiras entre pais , filhos e irmãos, reaproximando-os no amor através do espírito natalino. Em todo o mundo as pessoas, das mais diversas religiões, dão uma pausa em seus afazeres e congratulam-se festivamente. Em muitos lugares até a guerra é interrompida nos dias de natal e ano novo. 
O Natal é a festa que mais traz benefícios humanitários para o mundo em que vivemos. Brindemos a isto!
Nicéas Romeo Zanchett 
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